sexta-feira, 30 de maio de 2014

#REVISÃO - 2º bimestre

Caros alunos,

Disponibilizo aqui os links para download dos arquivos com a revisão dos principais conteúdos do segundo bimestre. Aproveitem o final de semana e ESTUDEM!

http://minhateca.com.br/professoracamila/Documentos/REVISAO_2BIMESTRE_INDUSTRIALIZACAO


http://minhateca.com.br/professoracamila/Documentos/REVISAO_2BIMESTRE_ESPACOAGRARIO



Lembrando que o Provão acontecerá nos dias 04, 05 e 06 de junho. Algumas dicas para os dias de prova:

- Não se atrase!

- Relógio: tenha um bom relógio, de fácil visualização, e confira se a bateria está boa.

- Roupas: use roupas leves e muito confortáveis, lembre-se de que você vai ficar sentado por várias horas! Leve também um casaquinho, se o tempo estiver instável. Frio ou calor pode tirar a concentração do candidato.
 
- Água: essencial! Leve uma garrafinha de água e coloque na sua mesa. Ajuda a hidratar e relaxar. Mas não exagere na quantidade de água, pois pode dar vontade de ir ao toalete (e aí perde-se tempo!)
 
- Comece por questões mais trabalhosas: A cabeça no início da prova está mais descansada e isso facilita na resolução de questões mais difíceis.
 
- Comida: é bom levar algo para comer, mas dê preferencia à alimentos leves e energéticos, como chocolate, barra de cereais, frutas etc. Fuja de comidas “barulhentas” como os salgadinhos, vai tirar a sua concentração e dos outros candidatos.
 
Tempo por matéria: o ideal é reservar um tempo médio para cada matéria, esse tempo pode variar de acordo com o grau de dificuldade das questões, quantidade de texto/cálculos, complexidade etc. É importante já ter feito alguns simulados antes para saber qual é o seu tempo médio por matéria, pois no dia da prova você pode estar mais nervoso e ter um tempo de referência.


Um grande beijo, bons estudos e boa prova!

segunda-feira, 26 de maio de 2014

#VÍDEO - O veneno está na mesa I e II (documentário de Silvio Tndler)

         O documentário de Silvio Tendler pode insinuar um filme de terror, mas "O veneno está na mesa", película do experiente documentarista brasileiro, assusta mesmo pela revelação, em vídeo, de uma realidade cotidiana: 28% dos alimentos oferecidos à população brasileira são insatisfatórios para consumo.  Baseado em dossiê da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (Abrasco), divulgado em 2012, o filme mostra que desde 2008, quando ultrapassou os Estados Unidos, o Brasil é o país que mais utiliza agrotóxicos no mundo.
 
Assistam abaixo:
 
 
          
              O Veneno Está Na Mesa 2 atualiza e avança na abordagem do modelo agrícola nacional atual e de suas consequências para a saúde pública. O filme apresenta experiências agroecológicas empreendidas em todo o Brasil, mostrando a existência de alternativas viáveis de produção de alimentos saudáveis, que respeitam a natureza, os trabalhadores rurais e os consumidores.

Assistam o 2º filme abaixo:




 

MST 30 anos – da terra à comida


As três décadas de existência do MST são um excelente indicador da democracia brasileira. Movimentos camponeses não sobrevivem aos regimes ditatoriais. A existência do campesinato só é possível nas sociedades democráticas porque este sujeito político está constantemente reivindicando o direito de ser ele mesmo, enquanto o sistema político quer transformá-lo em trabalhador assalariado. Ao não aceitar este destino definido pelo capitalismo, os camponeses são considerados subversivos.

O nascimento do MST aconteceu exatamente por essa razão. Camponeses expropriados pelo processo de modernização da agricultura capitalista nas décadas de 1960 e 1970 organizaram-se para formar um movimento e reivindicar o direito à terra, ao trabalho familiar para produzir alimentos e viver uma vida digna com educação, saúde, moradia, ou seja todos os direitos básicos.

As Ligas Camponesas foram extintas no começo da ditadura militar de 1964 porque reivindicava esses direitos. O MST começou a se formar na última etapa do regime militar, a partir de 1978/1979 e nasce no alvorecer da redemocratização, em janeiro de 1984. Com dez anos de idade, o MST já era um movimento nacional. Com menos de 20 anos tornou-se internacional compondo a Via Campesina. Com 30 anos, ele vê o tamanho de seu desafio: continuar existindo como movimento camponês em uma sociedade capitalista globalizada.

Os desafios do MST mudaram nestas três décadas. Na sua infância, um de seus maiores desafios era enfrentar o latifúndio. Este desafio permanece e surgiram outros. A formação do sistema agrícola-industrial-mercantil-financeiro-tecnológico, denominado de agronegócio, passou a disputar os latifúndios com os movimentos camponeses. A expansão das commodities, principalmente das “energéticas”, necessita de muita terra. o capital nacional e o internacional se unificam para controlar territórios e monopolizar o processo produtivo. Formam lobbies, determinam o modelo de desenvolvimento agropecuário, controlam recursos naturais, econômicos e políticos.

Em seu amadurecimento, o MST foi construindo seu próprio caminho. Ele não optou em participar do modelo hegemônico do agronegócio, do uso intensivo de agrotóxicos, da produção de transgênicos e da monocultura, embora algumas poucas famílias vinculadas ao MST estejam inseridas neste sistema. Esta inserção tem demonstrado que a relação campesinato-agronegócio sempre é uma relação desigual, de subordinação na melhor das hipóteses e de destruição do campesinato na pior. Um exemplo deste processo de expropriação é o assentamento Primavera no município de Andradina (SP), onde a cana já controla 70% do território do assentamento.

O MST tem ajudado a construir o caminho da agroecologia e da comida saudável. A identidade territorial camponesa é formada pela diversidade agropecuária, pelo trabalho familiar, produção em pequena escala e aplicação de tecnologias apropriadas ao seu modelo de desenvolvimento. Pouquíssimos engenheiros agrônomos sabe como trabalhar com esta realidade. Por essa razão o desafio do MST e das instituições que apoiam a agricultura saudável, das pessoas que preferem uma comida boa, não industrializada, é expandir a agroecologia na luta pela terra e contra o agronegócio. A luta pela terra tornou-se a luta pela comida. Elas tornara-se indissociáveis. Temos que pensar nisso quando formos comprar nossos próximos alimentos.

Bernardo Mançano Fernandes é professor livre-docente da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP). Fonte: http://www.cartacapital.com.br/sociedade/mst-30-anos-2013-da-terra-a-comida-6298.html

segunda-feira, 5 de maio de 2014

#AULA - Concentração e Desconcentração Industrial no Brasil

 Dentre as principais características da industrialização tardia do Brasil, ocorrida ao longo do século 20, destaca-se o processo de concentração geográfica na região Sudeste, especialmente em São Paulo, o que acabou reproduzindo uma série de desigualdades regionais no território brasileiro.

Esse fato, contudo, não permite afirmar que as primeiras indústrias capitalistas brasileiras, no início do século 20, foram desenvolvidas de maneira concentrada na região Sudeste. Ao contrário. Naquele período, por exemplo, a indústria têxtil nordestina era bastante desenvolvida, sendo que já foi até mesmo contada em filme a saga do ilustre Delmiro Gouveia, um industrial que ficou conhecido pelo seu pioneirismo no aproveitamento hidrelétrico do baixo rio São Francisco e pela perseguição e assassinato que sofreu, por se recusar a vender suas indústrias à companhia inglesa Machine Cotton.

Assim, para entender o crescimento vertiginoso de São Paulo - em 1872, a capital da província cafeeira, com módicos 32 mil habitantes, era apenas a décima maior cidade do Brasil -, que permitiu à cidade se consolidar como, atualmente, a quarta maior metrópole do mundo, com quase 20 milhões de habitantes, é necessário compreender as características do processo de concentração industrial brasileira, exigindo uma atenção mais detida nos seus dois principais impulsos, no século 20: (a) em 1930, com a indústria de substituição de importações, e (b) na década de 1950, com a indústria automobilística.

Concentração industrial

A gênese da indústria de substituição de importação esteve ligada a uma série de fatores, desencadeados, sem dúvida, pela quebra da Bolsa de Nova York, em 1929, que acabou induzindo definitivamente à crise o complexo cafeeiro, até então a principal pauta de exportação brasileira - sendo o Estado de São Paulo responsável por 2/3 das exportações de café no mundo.

Para se ter uma ideia da crise, o preço da saca de café exportada caiu, na Bolsa de Nova York, em torno de 60%, de 4,70 libras para 1,80. Mas, como forma de evitar essa intensa desvalorização, o governo de Getúlio Vargas passou a "socializar os prejuízos" com a sociedade brasileira, comprando e queimando (ou jogando em alto-mar) os estoques encalhados de café.

A Grande Depressão de 1929, além de inviabilizar a exportação do café brasileiro, dificultava a importação de produtos industrializados no país (acredita-se que naquele período a importação tenha diminuído cerca de 60%). Foi nesse contexto que nasceu o processo de industrialização no Brasil, com a função de substituir as importações de produtos industrializados de outros países, inclusive dos EUA.

Assim, a indústria de substituição de importação, capitalizada pela ação do Estado e com farta disponibilidade de mão-de-obra barata - produto de um êxodo rural cada vez mais intenso -, vai se desenvolver especialmente no ramo das indústrias de bens de consumo não-duráveis, com destaque às indústrias têxtil e alimentícia. Todavia, sua ação foi restringida devido à insuficiência financeira e tecnológica para desenvolver uma fundamental indústria de base.

Foi no Estado Novo que ocorreu a implantação de parte fundamental da infra-estrutura necessária para o desenvolvimento da industrialização. Coube ao Estado um papel relevante no alargamento das bases produtivas, como "empresário" na indústria de base ou rompendo os pontos de estrangulamento em energia e transporte, ou, ainda, como regulador do mercado de trabalho, através de uma complexa legislação trabalhista.

Mas foi com o segundo grande impulso da industrialização no Brasil, no governo de Juscelino Kubitschek (1956-60), que houve a consolidação definitiva do capitalismo industrial brasileiro. No fundo, o famoso slogan do governo de J. K., "Cinqüenta anos em cinco", tinha na indústria automobilística seu carro-chefe. Investimentos maciços foram feitos para garantir as condições gerais da produção industrial, tais como os realizados nas áreas de energia, de transporte, de aparelhamento portuário, da educação e da saúde.

Porém, a indústria automobilística e toda uma cadeia produtiva de equipamentos e peças para veículos continuaram a reforçar a concentração industrial em São Paulo, em especial na região do ABC paulista. Tanto é verdade que, na década de 1970, a região metropolitana de São Paulo representava quase a metade (45%) do valor da produção industrial no país.
Mas, além das questões econômicas, era cada vez mais evidente que a concentração industrial na metrópole paulista reproduzia e aprofundava as desigualdades inter-regionais, motivando uma intensa dinâmica migratória. Segundo a Fundação Seade, entre 1970 e 1980, o saldo migratório foi positivo de 2 milhões de pessoas. Como conseqüência dessa dinâmica deu-se o que Milton Santos chama de "macrocefalia", caracterizada pelo rápido e desordenado crescimento das cidades, gerando uma série de problemas sócio-espaciais.

Desconcentração industrial

Diante de tais distorções regionais no território brasileiro e problemas sócio-espaciais gerados pelo modelo concentrador do processo industrial na região Sudeste, o planejamento estatal desenvolveu, paulatinamente, na década de 1970, uma série de incentivos fiscais para a desconcentração industrial, levada a cabo regionalmente pela Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene) e pela Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (Sudam).

Mas é na década de 1990 que a desconcentração industrial no país vai se intensificar. Apoiada pela maior abertura econômica e pelo desenvolvimento técnico-científico (informática e comunicação), sem esquecer das mudanças constitucionais de 1988 - que concederam aos estados e municípios maior autonomia na definição dos impostos cobrados às empresas -, esse processo de desconcentração acabou gerando o que os geógrafos chamam de "Guerra dos Lugares", ou seja, uma disputa entre estados e municípios, com a intenção de atrair grandes empresas a partir da diminuição ou isenção de impostos.

Porém, não é correto afirmar que, nesse período, teria se iniciado um processo de desindustrialização da Grande São Paulo. Além de concentrar, em 1990, 31% do valor da produção industrial, a metrópole acabou se especializando em atividades mais complexas e competitivas, que exigem o emprego mais qualificado de novas tecnologias, ligadas à informática e à comunicação.
Sem dúvida, a cidade de São Paulo cresceu vertiginosamente, mais de 150 vezes, no século 20. E parece que, no século 21, sua dinâmica a consolidará como o maior centro de serviços especializados em âmbito nacional, detendo a centralização do comando diretivo e financeiro das mais importantes empresas no Brasil: não por acaso, 50% das sedes das 50 maiores empresas brasileiras estavam localizadas, em 2002, na Grande São Paulo.

Autor: Ricardo Silva é geógrafo, mestre em Geografia Humana pela Universidade de São Paulo.
Fonte: http://educacao.uol.com.br/disciplinas/geografia/concentracao-e-desconcentracao-industrial-sao-paulo-e-centro-industrial-do-pais.htm
 

#AULA - A industrialização brasileira

Caros alunos, boa noite,

O tema da nossa aula das duas últimas semanas foi a industrialização brasileira, disponibilizo no blog uma vídeo aula sobre esse assunto JÁ ESTUDADO EM SALA DE AULA.

Lembrando que o tema já foi explicado em sala de aula e o conteúdo já está no caderno de vocês, lembrem se do que eu sempre digo: "O BLOG É UM COMPLEMENTO DAS AULAS, NÃO ADIANTA NÃO PRESTAR ATENÇÃO NAS AULAS E DEPOIS SÓ ACESSAR O BLOG!"




Um beijo!

segunda-feira, 21 de abril de 2014

MODELO DE CAPA PARA TRABALHO ESCOLARES



Boa noite caros alunos, para esse segundo bimestre contaremos como forma de avaliação a apresentação de seminários e seu respectivo trabalho escrito.
 
Para ajuda-los, disponibilizo esse modelo de capa para trabalhos escolares.
Espero que gostem!



 


PARA FAZER O DOWNLOAD
     CLIQUE AQUI

 
  




 




Abraços!

terça-feira, 8 de abril de 2014

#RECUPERAÇÃO - 1º BIMESTRE

Caros alunos, conforme combinado coloco aqui os arquivos para a realização a recuperação contínua do 1º bimestre.

Entregar, até sexta 11/4, SEM FALTA!



quarta-feira, 26 de março de 2014

#AULA - Vídeo sobre o Barão do Rio Branco

Boa noite alunos,

Esse é o vídeo que passei em aula sobre o Barão do Rio Branco, vocês podem acessá-lo pelo link do Youtube, assistir aqui no blog, ou baixar da "minha teca".


Para assistir pelo Youtube, clique https://www.youtube.com/watch?v=H-fwoopdsR8

OU

Baixem na "minha teca" http://minhateca.com.br/professoracamila

Boa noite e um grande abraço!

#AULA - Brasil: do "arquipélago" ao "continente"

Boa noite alunos,

Já está disponível para download os slides da aula sobre integração nacional.

Para baixar clique AQUI

Outra opção é acessar a "minha teca" e baixar todos os arquivos que disponibilizei para download. Clique no link abaixo e acessem:

http://minhateca.com.br/professoracamila

Até o final da semana postarei o resumo com os temas que cairão no Provão da semana que vem, fiquem atentos!

Boa noite, um grande beijo!

segunda-feira, 17 de março de 2014

#AULA - Conflitos e Tratados importantes para a delimitação do território brasileiro

Façam o download da apresentação de parte das aulas sobre a gênese das fronteiras brasileiras.

Para baixar, clique AQUI

Um grande abraço!

#AULA - Formação Territorial do Brasil

Caros alunos, disponibilizo agora o conteúdo da apresentação de power point utilizada nas minhas aulas sobre a Formação do Território Brasileiro.

Façam o download AQUI.

Um grande abraço!


segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

#NOTÍCIA - Maduro ameaça expropriar empresas contrárias à 'lei de preços justos'


Lei estabelece margem de lucro máxima de 30%, medida que os empresários consideram inconstitucional


Caracas (AFP) - O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou na terça-feira 4 que expropriará as empresas que não cumpram a Lei de Preços Justos, que estabelece margem de lucro máxima de 30%, medida que os empresários consideram inconstitucional.

"Não me subestimem, setores da burguesia. Se tiver que expropriar (empresas), vamos expropriar", disse Maduro no Quartel da Montanha, em evento para recordar os 22 anos do golpe militar de 4 de fevereiro liderado pelo falecido ex-presidente Hugo Chávez (1999-2013).

"Se na próxima segunda-feira encontrarmos unidades econômicas ou empresas violando a Lei de Preços Justos, vou tomar as medidas mais radicais que tiver que tomar", completou.

Os empresários venezuelanos anunciaram na terça-feira que apresentarão um recurso de nulidade ao Tribunal Supremo de Justiça contra a lei - promulgada por Maduro em 24 de janeiro para combater o que ele chama de "guerra econômica" -, que consideram "inconstitucional".

Na Venezuela, a inflação alcançou 56,2% em 2013, a maior da América Latina. A escassez de produtos chegou a 22,2% em dezembro e o crescimento do PIB foi de 3%, contra 6% previsto inicialmente.
 
O presidente da Federação de Câmaras e Associações de Comércio (Fedecamaras), Jorge Roig, citou o caráter "inconstitucional" da medida por declarar como "matéria de utilidade pública" toda a cadeia nacional, quando a Constituição estipula que "o setor privado conjuntamente com o governamental deve propor um modelo econômico".

Roig considera que a lei "confisca" a liberdade econômica, restringe a oferta e afasta os investimentos. "Todas as empresas, ao serem de utilidade pública sem importar seu tamanho, ficam prontas para expropriações, para serem confiscadas pelo Estado sem o pagamento oportuno", disse.

A norma estabelece margem de lucro máxima de 30% e duras penas administrativas e penais, que vão de dois a 12 anos de prisão, para especulação, monopólio e contrabando de bens.

Leia mais em AFP Móvel

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

#NOTÍCIA - Por uma cartografia em movimento



Em dimensões distintas, os trabalhos da artista Marie Ange Bordas e da arquiteta Ana Paula do Val visam à quebra de normativas propostas em mapas oficiais

 
A artista gaúcha Marie Ange Bordas define a si mesma como uma nômade privilegiada. Filha de pai francês e mãe brasileira, ela passou a maior parte da vida trocando de endereço dentro e fora do Brasil. Estar em constante movimento tornou-se uma necessidade e serviu de motivação para imergir na dinâmica das pessoas que estão em trânsito ao redor do planeta não por uma questão de escolha, mas por terem sido forçadas a fazê-lo, seja em razão de conflitos, seja por consequências da máquina econômica.
A convivência com refugiados em vários países deu origem ao projeto artístico Deslocamentos, iniciado há dez anos. Em dezembro, Bordas finalizou esse projeto fazendo a curadoria do caderno Sesc_Videobrasil Geografias em Movimento. O livro reúne fragmentos artísticos de seu longo percurso e dialoga com artistas e teóricos que, em certa medida, estavam conectados com a temática da territorialização em movimento e da expressão dos espaços geográficos a partir de representações além da objetividade endurecida das linhas e contornos dos atlas oficiais. Uma cartografia em movimento, mais humana e afetiva.
"A cartografia é um desenho em movimento. A ideia que temos de mapas é uma ideia eurocêntrica, etnocêntrica. Gosto muito de uma coisa que o Rogério Haesbaert fala sobre a territorialização no movimento, as territorializações simbólicas, subjetivas. Tem muito mais a ver com o indivíduo contemporâneo do que essa ideia de raiz ligada ao lugar, ao Estado-nação, que é uma criação, uma imposição", afirmou, em referência ao geógrafo autor de O mito da desterritorialização: dos fim dos territórios à multiterritorialidade, que também assina um texto do caderno.
Em 2001, partindo de Nova York em direção a Johannesburgo, na África do Sul, Bordas entrou em contato com organizações que davam suporte a refugiados. A partir desses encontros, organizou oficinas de vídeo, foto, áudio e performances. As propostas artísticas de interação foram se modificando conforme ela também se dirigia a novos locais: de Johannesburgo para o albergue de refugiados em Massy, no subúrbio de Paris, depois o campo de refugiados de Kakuma, no Quênia, seguindo ao enclave tâmil na costa leste do Sri Lanka e ao East End de Londres.
"Como artista, posso ser mais efetiva no uso do processo criativo para criar um ambiente de segurança nesses espaços de conflitos, onde essas pessoas possam se sentir protegidas para pensar em sua situação fora do discurso humanitário e passar a interagir em um discurso político", afirma. "A minha ideia era quebrar com esses jogos de representação, criar espaços menos controlados. Meu trabalho teve muito essa questão de transformar o discurso depreciativo de sua realidade, tentar desconstruir o discurso que vitimiza e levar em conta o agenciamento de cada um", disse Bordas.
"Quando cheguei ao campo (de refugiados) do Quênia, na minha primeira caminhada, a primeira pessoa que eu encontrei foi um banqueiro milionário da Eritreia. A vizinha dele era uma mulher de um vilarejo agrícola do Sudão do Sul. O universo de classes, de culturas nesses locais é muito grande. Tratar a questão do refugiado como uma coisa só, homogênea, é muito complicado."
Cartografias afetivas Quebrar as normativas e os estereótipos que geralmente acompanham o tema do refúgio sempre foi um norte para Bordas. Durante sua temporada em Paris, onde conviveu com refugiados de 80 nacionalidades diferentes, ela notou a formação de redes que superavam as fronteiras formais entre os países. Por esta rede, mantida pelos refugiados com parentes e amigos locados em diversas partes do mundo, circulavam dinheiro, documentos e bens, mas também afeto, memórias e trivialidades. "À medida que me entranhava nessas redes, tecia meu próprio atlas, acumulando lugares, afetos e possibilidades neste meu corpo-território", escreveu a artista.
É essa premissa que aproxima seu trabalho ao de Ana Paula do Val. A arquiteta e artista plástica, que também assina um artigo no caderno organizado por Bordas, realizou um trabalho em 2011 com um grupo de bordadeiras no parque Santo Antônio, no extremo sul da cidade de São Paulo.
O objetivo era bordar um atlas afetivo que transbordasse as noções formais de mapeamento e trouxesse consigo sinestesias e subjetividades, por meio de uma desconstrução dos imaginários que acompanham esta região específica da cidade, sempre lembrada como entre as piores em índices de desenvolvimento, educação e violência.
Reprodução do caderno Geografias em Movimento
"Todos os mapas que a gente tem, desde 1500, foram feitos para a dominação e para o controle. E não deixa de ser diferente hoje", disse Val. "Logo que eu comecei a fazer esse mapeamento com as bordadeiras, comprei um mapa desses que vendem para turistas. E o mapa, curiosamente, terminava em Cidade Dutra. O que existe para baixo não estava no mapa. Isso vende na banca de jornal. E é uma cartografia que simplesmente apaga a periferia sul. Isso é poder simbólico. Apagou da história, não existe."
Após semanas de imersão territorial em que as seis bordadeiras foram convidadas a perceber o espaço pelo qual circulavam usando não só a visão, mas a audição, o paladar e o olfato, foi construído um repertório reflexivo da leitura desse território. "Essas mulheres moram no Jardim São Luís e não conheciam o restante da zona sul", explicou Val.
Desenho do mapa feito coletivamente por grupo de bordadeiras, em trabalho organizado por Ana Paula do Val
No mapa produzido a partir do projeto, letras de músicas dos Racionais MC’s se misturam a desenhos de marés de casas, árvores e crianças empinando pipas. "As questões mais afetivas, subjetivas, não vão fazer parte de mapas oficiais. São cartografias que a gente constrói à rebote do Estado. São outras possibilidades de olhar o mundo. Se você olha, parece um desenho, mas não é só isso", disse. "Estamos falando de uma questão de identidade."

sábado, 8 de fevereiro de 2014

#AULA - Vídeos interessantes sobre o café e a cidade de São Paulo

Um ótimo sábado a todos, estou aqui lendo, estudando, preparando aulas. E, pensando em vocês, alunos, achei alguns vídeos interessantes e quis compartilhar!


 Assistam e comentem!
Um grande beijo e um ótimo final de semana!

 Marco Antônio Villa fala do impacto da produção do café para São Paulo do século XIX.
As cidades que nascem com a produção cafeeira; a transformação econômica na cidade de São Paulo; o impacto político e sua influência na proclamação da república; o desenvolvimento e expansão ferroviária, que promovem a circulação de ideias e fomenta a cultura.

Roteiro do café no Centro Histórico de São Paulo
A guia historiadora Cacau nos leva para um passeio pelo centro de São Paulo e revela as curiosidades da cidade relacionadas à história do café. O roteiro temático foi criado pela São Paulo Turismo em parceria com o Café Moka.
Conheça essa história através da vasta iconografia de aquarelas, gravuras, fotografias, desenhos, e outros documentos históricos existentes nos museus e acervos públicos do país.

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

#NOTÍCIA - Represas do Sudeste seguem em queda e carga de energia bate recorde

Reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste iniciaram a semana com 39,58% de armazenamento


Os reservatórios de hidrelétricas no Sudeste, os mais importantes para o abastecimento de energia do País, já apresentam queda no início de fevereiro em relação a janeiro, enquanto a demanda de energia na região e no sistema elétrico como um todo continua a bater recordes consecutivos.

Os reservatórios do Sudeste/Centro-Oeste iniciaram a semana com 39,58% de armazenamento, uma queda de cerca de 1 ponto percentual em relação ao registrado na última quinta-feira (30 de janeiro).
 
O Operador Nacional do Sistema Elétrica (ONS) esperava que até o final desta semana, 7 de fevereiro, os reservatórios do Sudeste chegassem em 40,5%. Para o fim do mês, em 28 de fevereiro, o valor esperado é de 41,5%, conforme Programa Mensal de Operação.
 
A depreciação dos reservatórios é incomum para este período do ano, época em que as reservas precisam ser abastecidas para sustentar o abastecimento de energia durante o período seco. Em janeiro, houve uma depreciação de cerca de 3 pontos percentuais dos reservatórios dessa região ante dezembro.
 
Ao mesmo tempo, na segunda-feira a região Sudeste/Centro-Oeste bateu novamente o recorde de demanda máxima instantânea de energia às 15h33, atingindo 50.854 megawatts (MW). No sistema nacional como um todo, o recorde de demanda instantânea ocorreu às 15h32, a 84.331 MW. O recorde anterior da região Sudeste tinha ocorrido na quinta-feira (30/01) e no sistema nacional na quarta-feira (29/01)
 
Funcionário da Sabesp anda pela barragem de Jaguary, seca devido ao longo período
de estiagem que atinge o Estado de São Paulo, em Bragança Paulista  
Foto: Nacho Doce / Reuters

 
"A causa se deve à continuidade das altas temperaturas e ao índice de desconforto térmico nessa região do país, na hora de maior insolação", informou o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) no Boletim de Carga Especial divulgado nesta terça-feira.
O nível dos reservatórios no Sul do país também caiu em relação ao registrado na semana passada, de 58,58% para 55%. A expectativa do ONS é que essas reservas fechem a semana em 57,4% e o mês em 50,9%, segundo o ONS.
 
Já no Nordeste houve elevação de 42,53% para 42,82%, assim como no Norte, onde as reservas passaram de 59,99% para 64,10%.
 
O nível esperado para as represas do Nordeste ao fim da semana é de 43,3%, e de 44,8% para o fim do mês. Para o Norte, a perspectiva é de nível de armazenamento de 65,9% no fim da semana e 82,1% ao fim do mês.
 

ReutersFonte :Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.                         

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

#AULA - Revisão

Caros alunos,

Conforme combinado deixo aqui no blog o texto da nossa aula de revisão.

Para fazer o download do texto CLIQUE AQUI. 

Uma boa leitura!

Abraços.

Obs: O texto é destinado aos alunos do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual Carlos Augusto de Freitas Villalva Junior - Turmas A à J.

Bem Vindos

Caros alunos,

Espero que utilizem esse blog como uma ferramenta de auxílio e pesquisa. As postagens principais serão sempre dos textos que discutiremos em sala de aula; porém pretendo postar notícias interessantes e vídeos que possam trazer algum tipo de debate às nossas aulas.

Um grande abraço!

Profa. Camila